Inaugurado laboratório de química fina do Tecpar 08/12/2003 - 00:00

 

Em uma cerimônia simples, que contou com a presença de pesquisadores e cientistas ligados à área, foi inaugurado nessa segunda-feira (08/12) o Laboratório de Química Fina do Instituto de Tecnologia do Paraná - Tecpar. “A simplicidade não tira a importância do evento, que abre uma nova área de pesquisa em química fina, traduzida em oportunidades de novos negócios para aplicação em cadeias produtivas” - foram as palavras do diretor-presidente do Tecpar, Mariano de Matos Macedo, que ressaltou a participação da Universidade Federal do Paraná no projeto, “sem a qual não teria sido possível articular o núcleo de pesquisa”.

O diretor do Tecpar explicou que o laboratório abre várias possibilidades. Começa com a cadeia da seda, mas vai criar competência técnica para desenvolver novos projetos e prospectar, em conjunto com outras instituições, a execução de trabalhos em outras áreas. A curto e médio prazos será possível repassar a tecnologia para as cooperativas. O laboratório foi idealizado para servir, inicialmente, ao Fórum de Sericicultura, viabilizando o processo analítico e preparativo para a transformação do fio da seda em produtos protéicos de elevada pureza e assegurado valor alimentício e cosmético. Com isso, permitirá a utilização dos casulos de bicho da seda classificados como de segunda linha (e que não seriam aproveitados na confecção dos fios) como matéria-prima para a extração de proteínas e aminoácidos naturais, sem interferência da qualidade no produto final.

O setor sericícola é um dos mais importantes segmentos produtivos paranaenses. O Paraná é o maior produtor do País desde a safra de 1984/85 e possui cerca de 37 mil hectares plantados em 223 municípios, com mais de sete mil produtores empregando mais de 35 mil pessoas durante a safra, que costuma durar entre oito e dez meses.

  Apoio à agricultura

 

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Rizzi – à cuja pasta o Tecpar está ligado -, começou seu pronunciamento parabenizando os técnicos pelo esforço realizado para a concretização do laboratório. Rizzi ressaltou dois fatores importantes. Primeiramente, pelo laboratório de química fina atender a uma política do governo do Estado – um programa de governo de apoio à agricultura, em função da perda de mercado nacional e internacional – com a estagnação do mercado de comodities - porque vai permitir desenvolver outros produtos, agregando valor, gerando renda e criando empregos. O secretário enfatizou também ser o modelo de gestão do laboratório a demonstração de uma política pública eficiente, representando um ganho para a sociedade.

O Labquim foi estruturado com apoio técnico da Universidade Federal do Paraná e financeiro do Finep, que repassou R$ 935 mil, para uma contrapartida de R$ 400 mil do próprio Tecpar, no custo total de cerca de R$ 1,5 milhão). Trata-se de um dos mais modernos laboratórios de química fina do País, estando preparado para gerar novas tecnologias que permitem extrair, purificar e atribuir uma forma farmacêutica aos princípios ativos medicinais presentes nas mais diversas fontes naturais da biodiversidade brasileira.

 

(lax)                                                                                                                                      8/12/2003 14:44                                                              labquim2