Programa do Tecpar auxilia quem quer exportar 13/01/2004 - 00:00

Pequenas e médias empresas que passaram a exportar aumentaram em média seu faturamento em 28%.

Empresas que querem exportar seus produtos e têm barreiras técnicas encontram no Instituto de Tecnologia do Paraná – Tecpar o apoio necessário através do Progex – o Programa de Apoio Tecnológico à Exportação. Em um ano de funcionamento do programa, mais de 70 empresas foram atendidas. O último resultado obtido foi um acordo firmado com o Sindicato da Indústria de Mármore e Granito do Paraná – Simagran/PR para melhorar o processo produtivo de 13 marmorarias paranaenses.

De acordo com o coordenador do projeto Simagran Paraná Export, Daniel Fraxino, a expectativa é chegar a um faturamento de cerca de US$ 2 milhões em três anos de trabalho. "Participamos em dezembro de uma feira no Canadá e já temos algumas negociações sendo feitas", diz Fraxino, completando que essas empresas não teriam condições de exportar isoladamente. O Sindicato montou um grupo com 13 marmorarias e recebe apoio da Agência de Produção para Exportação – Apex, do governo federal para desenvolver o projeto. Toda a parte de adaptação do produto ao mercado externo quanto a melhoria da qualidade, atendimento às normas técnicas internacionais, design e embalagem fica à cargo do programa do Tecpar.

Progex

O Progex – o Programa de Apoio Tecnológico à Exportação – foi criado pelo governo federal para facilitar o acesso de empresas brasileiras, principalmente as pequenas e médias, ao mercado externo. É coordenado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, conta com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos - Finep e tem suas sedes nos institutos de pesquisa estaduais.

O atendimento às empresas é realizado em duas etapas. O primeiro passo é o chamado diagnóstico, quando é feito um estudo de viabilidade técnica que inclui a análise do produto e do processo produtivo, com identificação dos principais problemas técnicos a serem resolvidos e estimativas de custos e investimentos para implementar as soluções necessárias. A segunda fase, consiste na adequação tecnológica com implementação das medidas sugeridas.

Com uma estrutura ágil e desburocratizada, o Progex/Tecpar está colhendo os resultados de um ano de trabalho: ampliação de trabalho, média de faturamento de 28% em 49 empresas que começaram a exportar, novos clientes e mercados em função da qualificação obtida e maior competitividade, entre outros. De acordo com o engenheiro civil e extensionista do Progex, João Henrique Saporiti Calle, é um reflexo da aproximação que ocorreu com o mercado, "foi um período em que divulgamos o programa em palestras por todo o Paraná", resume. "As pequenas e médias empresas precisam de um aporte tecnológico para exportação", reforça o engenheiro florestal e membro da equipe, Edmilson Cionek.

Pionerismo

A Inclusão das pequenas marmorarias no mercado internacional foi o objetivo da direção do Sindicado desde o começo das negociações com o governo federal para desenvolver ações que ajudassem o setor. "O governo começou a acompanhar o sucesso do programa de exportação a partir da industrialização do setor, que inicialmente trabalhava com o granito em forma de bloco, e apoiou nossas idéias", explica o vice-presidente administrativo-financeiro da Associação Brasileira das Indústrias Ornamentais, Ivo Zagonel Júnior. De acordo com ele, o convênio com o sindicato paranaense, assinado em janeiro de 2003 com a Apex, foi o primeiro firmado no Brasil o que fez dos paranaenses pioneiros na área. Para Zagonel, a iniciativa só está dando certo pela união, "é a força do grupo que faz tudo acontecer", afirma.

No contrato entre o Tecpar e as marmorarias estarão focadas a padronização do processo de produção, adaptação da embalagem para exportação e desenvolvimento do design, que terá um reforço da Universidade Federal do Paraná. Um convênio será firmado entre as três instituições para a fabricação de peças artesanais "dando uma dimensão não só comercial, com a criação de novos produtos, mas resolvendo o problema ambiental e criando novos empregos", afirma Fraxino.

 

Juh progex.doc 13/01/04