Tecpar contribui para a modernização dos sistemas de saneamento 15/10/2020 - 15:27

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) contribui para a modernização dos sistemas de saneamento, oferecendo soluções tecnológicas para atender fabricantes de materiais para obras em redes de água e esgoto de todo o país. Com a aprovação do Marco Legal do Saneamento Básico (14.026/20) — que prevê a universalização do fornecimento de água e coleta de esgoto no Brasil até 2033 — a demanda por serviços nesse segmento tende a crescer. Segundo o Ministério da Economia, a ampliação da rede deve movimentar mais de R$ 700 bilhões em investimentos.

Há mais de quarenta anos o Tecpar faz a inspeção técnica em produtos como tubulações em PVC, fibra de vidro e ferro fundido. O serviço prestado busca garantir que os materiais empregados sejam rigorosamente inspecionados e aprovados conforme as especificações das normas técnicas vigentes. Esta avaliação é uma das determinações previstas na nova lei.

CONTRIBUIR - O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, salienta que por sua longa experiência em inspeções técnicas, o instituto tem muito a contribuir nesta fase de modernização dos sistemas de saneamento, que vai levar mais saúde e qualidade de vida à população.

“Com a expansão das redes de tratamento de água e de esgoto, diversas cadeias produtivas vão se formar e se desenvolver em todo o Brasil. O Tecpar, como polo de inovação, está preparado para atender a mais esta demanda da indústria”, afirma Callado. 

Uma das novidades do Marco Legal do Saneamento Básico é permissão da participação da iniciativa privada nas obras de saneamento, por meio de licitação. Para isso, será obrigatório que uma empresa idônea fiscalize os ensaios realizados com os produtos, para garantir ao comprador que estejam com a qualidade requerida.

DIFERENCIAL – O Tecpar já realizou inspeções para companhias de saneamento e serviços autônomos de água e esgoto de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Ceará.

No Paraná, uma das empresas que já solicitou a inspeção realizada pelo Tecpar é Plastilit, indústria de conexões, tubos e acessórios de PVC instalada em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba.

O diretor industrial da empresa, Jacir Muchinski, conta que buscou o Tecpar pelo escopo técnico e pela competência já conhecida do instituto, para realizar inspeções em produtos para saneamento destinados a concessionárias de água e esgoto em todo o Brasil.

“Consideramos o reconhecimento do Tecpar no mercado como uma empresa idônea e competente no que faz na questão das inspeções. A aprovação técnica do instituto valoriza os produtos e assim a empresa consegue atender clientes com nível de exigência técnica mais alto”, explica o diretor da Plastilit. 

ENSAIOS – Devido à questão logística, a inspeção é realizada diretamente nas instalações do fabricante, onde os inspetores do Tecpar acompanham os ensaios feitos por amostragem.

Os materiais são expostos para serem avaliados em simulações de situações diversas, como calor, pressão e resistência ao impacto. O objetivo é identificar se em determinadas condições as tubulações podem ser danificadas ou até rompidas.

O ensaio de estabilidade dimensional, por exemplo, analisa se após exposto a determinada temperatura por um período específico, o produto apresenta algum defeito. Já o ensaio de resistência à pressão hidrostática simula a pressão que vem da rede de abastecimento de água. As inspeções verificam, ainda, se os materiais estão com as dimensões corretas e analisam a matéria-prima empregada na produção. 

“Se as peças não forem instaladas corretamente ou forem produzidas com materiais inadequados podem romper, causar vazamentos indesejados e até erosões. Além disso, em regiões muito frias a tubulação pode congelar e se romper ao descongelar”, explica Fábio Schvenger, Engenheiro Ambiental e Sanitarista e Técnico em Desenvolvimento Tecnológico no Tecpar.  

RISCO À SAÚDE – Outro ensaio importante é o de efeito sobre a água, realizado em tubos e conexões de PVC e CPVC. Esta análise identifica a quantidade de metais que podem migrar para a água e para a rede de abastecimento, causando danos à saúde da população.

“Além de comprovar a qualidade dos materiais, a inspeção prévia evita o desperdício de recursos com manutenções corretivas não programadas. Essa medida evita que o sistema edificado seja comprometido”, diz Schvenger. 

Com a conclusão dos ensaios, os materiais aprovados retornam para seus estoques e aqueles que não atendem aos requisitos precisam ser reprocessados.