O Instituto de Tecnologia do Paraná – Tecpar já está se preparando para iniciar a produção de vacina contra a Hepatite B. Para tanto, foi firmado um acordo de cooperação entre o instituto e uma comissão vinda da província chinesa de Jilin, com o objetivo de trazer para o Paraná a tecnologia chinesa na produção desse tipo de vacina, já que a China é uma das maiores produtoras mundiais. Como o Tecpar já conta com laboratórios produtores de outros tipos de vacina – como a anti-rábica canina -, a nova parceria permitirá um avanço na área também para outros tipos de medicamentos. "Essa nova planta nos possibilitará abrirmos o leque também em outras direções, como a vacina de meningococo" – anuncia Júlio Salomão, diretor-administrativo do Tecpar.

No acordo firmado com os chineses ficou estabelecido que o Tecpar já terá imediatamente à disposição 10 mil doses da vacina contra Hepatite B para iniciar os testes de laboratório. A nova vacina a ser produzida pelo instituto será recombinante e o Tecpar caminha justamente para a produção de uma que seja de multivalente, ou seja, que protege contra várias doenças em uma só picada. "Essa parceria terá reflexos que transcendem os níveis nacionais, permitindo uma abertura ainda maior de mercado para fora do País, especialmente no Mercosul e outras pontas" – explica Salomão, lembrando que o Tecpar já fornece vacina anti-rábica para países latino-americanos.

A produção

Somente no ano passado, foram enviadas 50 mil doses para o Equador, que está tentando ampliar a produção do produto para o uso canino, mas ainda não tem o suficiente para a demanda nacional. Por esta razão, entrou em contato com o Tecpar, que é o maior produtor brasileiro, conseguindo a cessão de um excedente de produção que supriu as necessidades dos equatorianos, mantendo uma política de ação do instituto, que já anteriormente já havia feito o mesmo quanto a pedidos da Bolívia e do Paraguai.

O Tecpar é o organismo que produz, em âmbito nacional, todo o quantitativo de vacinas que o Ministério da Saúde utiliza em suas campanhas de profilaxia da raiva. Para o uso canino, o instituto paranaense – que é órgão ligado à Secretaria da Ciência e Tecnologia - é o único produtor, com volume anual de 30 milhões de doses.